sexta-feira, 4 de julho de 2014

RESENHA DE SHOW: Gstruds, Clamus, Darkside e Obskure

Rock Cordel
Centro Cultural do Banco do Nordeste, Fortaleza (CE)
Dia 23 de Maio de 2014
Por Leonardo M. Brauna / Fotos: André Rocha

O “Rock Cordel” abriu sua programação no dia 21 de fevereiro e durante as sextas-feiras seguidas vem recebendo artistas da música underground até a realização do festival que será do dia 16 a 26 de julho. O Metal pesado é um dos atrativos do calendário – já pisaram no palco até aqui, nomes como SOH, Oráculo, Warbiff, Fist Banger e muitos outros. No momento desse registro estavam quatro veteranas do público cearense. 




Pontualmente na hora marcada, a tia assassina Gstruds levou para os presentes muito peso e descontração. Músicas como Puta Purulenta e Maldição Do Ovo que fazem parte do CD Only Tia Gertruds Is Real, foram executadas pelo quarteto que também brindou os bangers com composições antigas como, Panelada e Vingança Do Seu Madruga. Um dos momentos mais brutais aconteceu em Churrasco Dos Vermes, com a participação de Felipe Ferreira (baixista e vocalista do Clamus) nos vocais e o ‘frontman’ Luiz Lemos da “GS” descendo do palco para rodar no ‘circle pit’. 




A empolgação seguiu com Clamus e seu furioso "Death/Thrash". A banda se destaca pela performance vocal dividida entre o baixista, Felipe e o guitarrista Lucas Gurgel. O trio que também conta com Edu Lino na bateria, divulga o EP III que mostra uma banda bem mais técnica e violenta e, que também, já começou a emplacar belos elogios na imprensa especializada. Em palco, a fórmula se repete com guturais e rasgados alternados, combinados às palhetadas de Lucas e ao baixo de Felipe. Por um instante a força causou uma queda na eletricidade, porém a equipe técnica fez sua parte antes da festa esfriar. Lucas aproveitou o momento para agradecer ao programa cultural e à massa de bangers presente. Entre as músicas do Clamus, entrou no ‘set list’ o cover de Wolverine Blues  do Entombed. 



O momento aguardado pelos “Speedthrashers” chegou empossando o Darkside. O novo baterista Bosco Lacerda (ex-Final Prophecy) teve três ensaios para pegar o repertório, e assim o fez sem ressalvas. A intro The Apocalypse Bell Part. II abre as portas para Legacy Of Shadows, nova canção tocada em outros shows que já tem seu refrão acompanhado pelos fãs. O vocalista Marcelo Falcão vem evoluindo suas entonações a cada palco, sendo este um de seus melhores momentos. O povo, mais aglomerado, procurava espaço na pista para comportar as rodas que iam surgindo. O público headbanger tem sido um grande expoente das programações e cantou com a banda a primeira execução do álbum Prayers In Doomsday, Sacrificed Parasites, para então receber as notas de Born For War. O momento foi de estrapolação completa, uma troca insana de energia que você pode até conferir no Youtube. As pedras rolaram com mais duas inéditas, Dust Devil e Megashits On Microminds até chegar em Bubonic, canção que se tornou hino para os fãs. 



Depois de um ‘satge diving’ do guitarrista Tales Groo, o Darkside se despede junto com a tarde e, para continuar, a noite não poderia trazer atração melhor do que o Obskure. Os “obscuros” começam o set com Brave’s Arrival, passagem que abre o primeiro álbum, Overcasting de 1997 para então ecoar Christian Sovereign, lançada como clipe de divulgação de Dense Shades Of Mankind de 2012. A galera incansável se dividia entre os que ficavam "bangeando" e os que se lançavam do palco, enquanto isso os músicos começam trabalhar em Aton’s Servant. O vocalista Germano Monteiro cativa o público e incita a fazerem rodas e, evidentemente, era atendido. O repertório seguiu com Tension Eve Massacre e Hidden Essence Rescue, música que traz participação da vocalista Claudine Albuquerque (Nafandus) na versão de estúdio. O clima dos teclados de Fabio Barros – acertando nuances com os solos e riffs da dupla Amaudson Ximenes e Daniel Boyadjian – ao vivo é tão perfeito quanto nos álbuns, a cozinha do batera Wilker D’angelo e do baixista Jolson Ximenes é tão entrosada que, até fora do Obskure, trabalham juntos em outros projetos muscais. Aqui a apresentação foi seguindo com Memories Of A Recent Past, Barren Evolution, From One Who Stopped Dreaming e a velhinha de 1992, Factoring Sarcasm. O evento terminou com Germano se atirando aos fãs e a banda saindo do palco sob uma chuva de aplausos.



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Um comentário:

  1. Não dá pra entender o público daqui. Uns shows o pessoal todo vai a egita pra caralho, noutros poucos dão as cara!

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