Rock Cordel
Centro Cultural do Banco do Nordeste, Fortaleza (CE)
Dia 23 de Maio de 2014
Pontualmente na hora
marcada, a tia assassina Gstruds levou para os presentes muito peso e
descontração. Músicas como Puta Purulenta e Maldição Do Ovo que fazem parte
do CD Only Tia Gertruds Is Real, foram executadas pelo quarteto que também
brindou os bangers com composições antigas como, Panelada e Vingança Do Seu Madruga. Um dos momentos mais brutais
aconteceu em Churrasco Dos Vermes, com a participação de Felipe Ferreira (baixista
e vocalista do Clamus) nos vocais e o ‘frontman’ Luiz Lemos da “GS” descendo do
palco para rodar no ‘circle pit’.
A empolgação seguiu com Clamus e seu furioso "Death/Thrash". A banda se destaca pela performance vocal dividida
entre o baixista, Felipe e o guitarrista Lucas Gurgel. O trio que também conta
com Edu Lino na bateria, divulga o EP III que mostra uma banda bem mais técnica
e violenta e, que também, já começou a emplacar belos elogios na imprensa
especializada. Em palco, a fórmula se repete com guturais e rasgados
alternados, combinados às palhetadas de Lucas e ao baixo de Felipe. Por um
instante a força causou uma queda na eletricidade, porém a equipe técnica fez
sua parte antes da festa esfriar. Lucas aproveitou o momento para agradecer ao
programa cultural e à massa de bangers presente. Entre as músicas do Clamus, entrou
no ‘set list’ o cover de Wolverine Blues do Entombed.
O momento aguardado pelos “Speedthrashers”
chegou empossando o Darkside. O novo baterista Bosco Lacerda (ex-Final Prophecy)
teve três ensaios para pegar o repertório, e assim o fez sem ressalvas. A intro The Apocalypse Bell Part. II abre as portas para Legacy Of Shadows, nova
canção tocada em outros shows que já tem seu refrão acompanhado pelos fãs. O
vocalista Marcelo Falcão vem evoluindo suas entonações a cada palco, sendo este
um de seus melhores momentos. O povo, mais aglomerado, procurava espaço na
pista para comportar as rodas que iam surgindo. O público headbanger tem sido
um grande expoente das programações e cantou com a banda a primeira execução do
álbum Prayers In Doomsday, Sacrificed Parasites, para então receber as
notas de Born For War. O momento foi de estrapolação completa, uma troca
insana de energia que você pode até conferir no Youtube. As pedras rolaram com
mais duas inéditas, Dust Devil e Megashits On Microminds até chegar em Bubonic,
canção que se tornou hino para os fãs.
Depois de um ‘satge diving’
do guitarrista Tales Groo, o Darkside se despede junto com a tarde e, para
continuar, a noite não poderia trazer atração melhor do que o Obskure. Os “obscuros” começam o set
com Brave’s Arrival, passagem que abre o primeiro álbum, Overcasting de 1997 para então ecoar Christian Sovereign, lançada como clipe de divulgação de Dense
Shades Of Mankind de 2012. A galera incansável se dividia entre os que ficavam "bangeando" e os que se lançavam do palco, enquanto isso os músicos começam
trabalhar em Aton’s Servant. O vocalista Germano Monteiro cativa o público e
incita a fazerem rodas e, evidentemente, era atendido. O repertório seguiu
com Tension Eve Massacre e Hidden Essence Rescue, música que traz participação
da vocalista Claudine Albuquerque (Nafandus) na versão de estúdio. O clima dos
teclados de Fabio Barros – acertando nuances com os solos e riffs da dupla
Amaudson Ximenes e Daniel Boyadjian – ao vivo é tão perfeito quanto nos álbuns,
a cozinha do batera Wilker D’angelo e do baixista Jolson Ximenes é tão
entrosada que, até fora do Obskure, trabalham juntos em outros projetos muscais. Aqui a
apresentação foi seguindo com Memories Of A Recent Past, Barren Evolution, From
One Who Stopped Dreaming e a velhinha de 1992, Factoring Sarcasm. O evento
terminou com Germano se atirando aos fãs e a banda saindo do palco sob uma
chuva de aplausos.
Não dá pra entender o público daqui. Uns shows o pessoal todo vai a egita pra caralho, noutros poucos dão as cara!
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