II
WALDO WAR FEST
Chácara
da Dorinha – Maracanaú (CE)
21
de Junho de 1014
Por Leonardo M. Brauna /
Fotos: Barcelos Saxon
A primeira edição do “Waldo
War Fest”, no dia 16 de março, marcou o pontapé inicial das atividades da
produtora “Waldo War” na região metropolitana de Fortaleza (CE). Satisfeitos
com o resultado, os organizadores promoveram a segunda edição três meses
depois, acreditando na repetição do sucesso que teve o primeiro evento. Neste
segundo festival, o palco estava interditado, o que levou as atrações tocarem
mais perto do público, no próprio solo.
A primeira "pancada" da noite
trouxe a banda de Death/Thrash, SOUL IN AGONY. O quarteto formado por Cassiano
Vagner (guitarra), Rodrigo “Psicothrash” (vocal), Luiz Henrique (baixo) e Nilton
“Baphomet” (bateria), começou o set com a introdução que antecede ‘Terror E Destruição’. O público local já
conhece bem a banda que é uma das representantes de Maracanaú – e essas mesmas
pessoas, acompanharam em ‘circle pits’ as execuções de ‘Necrotério’ e ‘Massacre’,
inclusive com Rodrigo se lançando também ao ‘mosh’. O ponto alto da festa se
deu com um ‘medley’ que os músicos fizeram de: ‘Sepulturas’, ‘Nightmare’
(cover de Sarcófago) e ‘Corpos
Apodrecidos’. ‘Portões Do Inferno’
foi a seguinte, e o repertório revelou também a inédita ‘Coletor De Almas’. ‘Essência
Maligna’ e ‘Ordem Sanguinária’
fecharam a noite do Soul In Agony.
De Fortaleza, o DYNAMITE
chegou com o seu estilo Hard/Heavy, trazendo também uma surpresa: devido à
ausência de seu baterista, o vocalista John Naza – que já atuou tocando baixo e
guitarra em outros shows – teve de assumir as baquetas neste e, sem
decepcionar, fez o set que contou com músicas autorais e alguns covers. ‘Bitches In Flame’, que compõe a demo ‘Night To Rock’, abriu o número dos roqueiros
que passava energia com seus riffs despojados. Na sequência vieram ‘All Night Long To Rock’ e ‘I
Gonna Bleed You’. Para animar a galera que curte o som da
NWOBHM, a banda toca também o clássico autointitulado do Angel Witch. A essa
altura já se comprova que tocar bateria e cantar ao mesmo tempo, não é problema
para Naza. Depois de ‘I Got Shock Me’,
vem ‘I Love It Loud’ do Kiss e o “hino”
da banda: ‘Dynamite’. O dever se
cumpriu com ‘Bang Your Head’,
clássico do Quiet Riot.
Do Hard/Heavy tradicional ao
Prog Metal do COLD LAKE, assim seguiu a programação. Caminhando há treze anos,
a banda apresentou material próprio na voz de Talita Andrade, acompanhada do
fundador e guitarrista Germano Silva, Raphael Farias (tecladista), Germano
Moreira (baixista) e Marcelo Silva (baterista). ‘Alexandria’ invadiu os PAs e chamou o público que também bateu
cabeça com ‘Seven Years’ – nesta última,
destaque para as passagens de teclado e mudanças de seguimento durante os
solos de Germano Silva. ‘Wide Paths’ seguiu com a festa até à
operística ‘Eternal Day’, destacando
o baixista Germano Moreira e as “açoitadas” de Marcelo. O primeiro cover, que
foi ‘Stargazers’ de Nightwish, não
causou tanta surpresa, pois essa é a primeira influência que nota-se da banda
(leia-se: vocais de Talita). Depois de ‘Blood
Rivers’ e ‘On The Raodside’, a
finalização com o cover de Manowar, ‘Beattle
Hymn’.
Em fase de produção de seu próximo
álbum, ‘Disciples Of Metal’, o
ORÁCULO deu uma pausa no estúdio para mostrar alguns de seus trabalhos no WWF. A
banda é formada por nomes fortes do underground cearense: Robson Alves
(vocalista), Vicente Wilson (baixista), Paulo “Drunk” (guitarrista, também
baterista do Fist Banger), Sula “Batera” (baterista, Criokar e Betrayal) e o
novo integrante, Franzé Mendes (guitarrista, Betrayal). Os veteranos fizeram
campanha de seu novo CD com as músicas, ‘Disciples
Of Metal’, ‘Strange Redemption’ e
‘Comeback In Time’. Franzé, que
entrou há pouco tempo na banda, está bem familiarizado com as novas músicas, assim
como nas mais antigas que fazem parte da demo ‘Shadows’ de 1998 e de ‘Wisdom’,
debutado em 2005. O tributo ao Manowar saiu com ‘Kill With Power’ e, na clássica ‘Lord Of The Seas’, uma participação importantíssima de Vinny Fist,
vocalista do Fist Banger.
Falar do GSTRUDS em ação é
sempre uma aventura, pois a banda é uma das mais performáticas do cenário
cearense e, distribui para a plateia, todo o peso de sua música levada com
muito bom humor pelo vocalista Luiz Lemos. Paulo Henrique promove uma sessão de
riffs que vai do Thrash ao Crossover sem deixar ninguém parado. O set quase que
inteiramente foi focado no CD ‘Only Tia
Gertruds Is Real’, aclamado pela mídia underground nacional. ‘Puta Purulenta’ é uma amostra do
massacre que continuou com ‘A Maldição Do
Ovo’ e com Acácio Vidal destruindo o Kit de bateria. Nas “paradinhas” da
música, Carlos Meneses se mostrava imponente com seu baixo. Em ‘Churrasco Dos Vermes’ não teve a
tradicional participação de Felipe Ferreira (Clamus), mas Luiz não deixa
lacunas. ‘Satan Obreiro Da Universal’,
‘Veio Do Saco’ e ‘Velma, A barata Zumbi’, contribuíram para
o “torcicolo coletivo”, enquanto que ‘Vingança
Do Seu Madruga’, o hino maior da banda, fechava mais essa edição do evento.
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