Em julho de 2014, a edição 186 da revista Roadie Crew, principal veículo de comunicação de Metal e Classic Rock do Brasil, e um dos principais das Américas, trouxe em suas páginas uma matéria sobre a banda de Hard Rock, Fireline. Com exclusividade, o Rock-CE traz para os amigos internautas a conversa – entre o nosso colaborador, Leonardo M. Brauna (também colaborador daquela publicação mensal) e o guitarrista fundador, André Rodger – que gerou o texto da matéria e, com isso, o deslocamento do grupo cearense ao cenário brasileiro. Confira!
Foto: Gandhi Guimarães
O cenário cearense vem se destacando por revelar bandas de peso brutal para o Brasil, mas paralelo a essa característica, outras com melodia mais apurada e riffs mais “lapidados” tentam conviver no mesmo espaço. Fireline é uma delas. Com três trabalhos de estúdio e uma polêmica no currículo, o seu líder e guitarrista André Rodger comenta sobre a situação da banda e o andamento da cena para os fãs de Hard Rock de sua cidade, Fortaleza.
O estilo Hard Rock em Fortaleza, não é um dos mais presentes entre as bandas, apesar de possuir um bom público. A que se deve essa diferença?
André Rodger: Acho que temos poucas bandas autorais na ativa, antes tínhamos mais. Isso afasta muito o público dessa área dos shows que, em sua maioria, expõem o Metal Tradicional e outras vertentes. Alguns produtores também preferem realizar shows por estilo e isso não ajuda no desenvolvimento da cena.
André Rodger: Acho que temos poucas bandas autorais na ativa, antes tínhamos mais. Isso afasta muito o público dessa área dos shows que, em sua maioria, expõem o Metal Tradicional e outras vertentes. Alguns produtores também preferem realizar shows por estilo e isso não ajuda no desenvolvimento da cena.
Mesmo com essa divisão de estilos por shows, o Fireline tem sido a única banda que já compartilhou palco com nomes extremos como, S.O.H. e Encéfalo.
André: Eu gosto de tocar com bandas mais extremas por que tem aquele impacto. Você sobe ao palco e nos primeiros acordes o público que não conhece só observa, mas depois tudo volta ao normal e todos acabam curtindo da mesma forma. E é muito comum depois virem falar coisas tipo: ‘Poxa cara, não curto muito Hard Rock, mas a partir de agora vou dar uma maior atenção ao estilo.' Tocar com eles para mim é natural, pois conheço boa parte dos músicos que toca extremo, no caso do S.O.H. tem o Bruno Gabai e George Frizzo, amigos de palco há mais de vinte anos, e eles nos tratam muito bem, na verdade todos nos tratam bem, e o público mais extremo vê isso e dá mais atenção à banda que está subindo. Fazemos o "mesmo som" de maneira de diferente e nada mais.
André: Eu gosto de tocar com bandas mais extremas por que tem aquele impacto. Você sobe ao palco e nos primeiros acordes o público que não conhece só observa, mas depois tudo volta ao normal e todos acabam curtindo da mesma forma. E é muito comum depois virem falar coisas tipo: ‘Poxa cara, não curto muito Hard Rock, mas a partir de agora vou dar uma maior atenção ao estilo.' Tocar com eles para mim é natural, pois conheço boa parte dos músicos que toca extremo, no caso do S.O.H. tem o Bruno Gabai e George Frizzo, amigos de palco há mais de vinte anos, e eles nos tratam muito bem, na verdade todos nos tratam bem, e o público mais extremo vê isso e dá mais atenção à banda que está subindo. Fazemos o "mesmo som" de maneira de diferente e nada mais.
Foto: Jefferson Costa
Que idéia você teria para uma maior valorização do Hard Rock no cenário local?
André: As bandas e fãs de Hard Rock devem se inserir no contexto underground. Sou ‘old school’, então ouvir Dokken ou Cannibal Corpse é apenas uma questão de estado de espírito, é lógico que sempre temos nossas preferências. Mas é preciso haver uma conexão ideológica e musical, a pessoa não pode pensar: ‘Hard Rock não é Metal’ ou vice-versa. E é se inserindo nesse contexto que as bandas vão mostrar o contrário, a Fireline quer tocar para todos. Também é importante sair do horizonte imaginário que Hard Rock só tem haver com o glamour de ‘Sunset Strip’ etc. Nossa realidade social não tem haver com isso, não tem sentido falar de limusines ou ‘groupies’ nas musicas, não é esse tipo de pensamento que faz uma banda de Hard Rock ser melhor ou pior.
André: As bandas e fãs de Hard Rock devem se inserir no contexto underground. Sou ‘old school’, então ouvir Dokken ou Cannibal Corpse é apenas uma questão de estado de espírito, é lógico que sempre temos nossas preferências. Mas é preciso haver uma conexão ideológica e musical, a pessoa não pode pensar: ‘Hard Rock não é Metal’ ou vice-versa. E é se inserindo nesse contexto que as bandas vão mostrar o contrário, a Fireline quer tocar para todos. Também é importante sair do horizonte imaginário que Hard Rock só tem haver com o glamour de ‘Sunset Strip’ etc. Nossa realidade social não tem haver com isso, não tem sentido falar de limusines ou ‘groupies’ nas musicas, não é esse tipo de pensamento que faz uma banda de Hard Rock ser melhor ou pior.
Você começou tocando baixo, mas se qualificou como guitarrista. Por que essa mudança?
André: Na verdade eu sempre quis ser guitarrista, mas na minha primeira banda, o Beowulf, não tinha vaga para guitarrista e eu também não era qualificado para a vaga, mas como a vontade de estar numa banda de Metal era maior, eu fui para o baixo, só que quando sai, já tinha em mente montar o que seria a Fireline como guitarrista.
André: Na verdade eu sempre quis ser guitarrista, mas na minha primeira banda, o Beowulf, não tinha vaga para guitarrista e eu também não era qualificado para a vaga, mas como a vontade de estar numa banda de Metal era maior, eu fui para o baixo, só que quando sai, já tinha em mente montar o que seria a Fireline como guitarrista.
Foi nesse período que você conheceu o baterista Janildo Sá, chamando-o para tocar?
André: Isso mesmo. Tínhamos um amigo em comum que nos apresentaram apesar de morarmos no mesmo bairro e gostarmos do mesmo tipo de musica. Não nos conhecíamos e esse amigo fez a ponte. Desde então começamos uma amizade que dura até hoje.
André: Isso mesmo. Tínhamos um amigo em comum que nos apresentaram apesar de morarmos no mesmo bairro e gostarmos do mesmo tipo de musica. Não nos conhecíamos e esse amigo fez a ponte. Desde então começamos uma amizade que dura até hoje.
Foto: Gandhi Guimarães
André: Nas duas primeiras demos eu cantei não por vontade e sim por consequência, não sou vocalista de origem, então para melhorar a banda, principalmente ao vivo, havia necessidade de um vocal. Meu vocal é agudo de uma maneira geral, então a voz feminina que geralmente é mais aguda, acabou dando um ‘up’ e soando mais natural do que um vocalista homem cantando notas altas.
O fato de Alinne Madelon (ex – vocalista, The Knickers) possuir um estilo mais voltado ao Hard/Heavy ofuscou um pouco a proposta da banda que exige tons mais melódicos, como nas performances de Wilenaina Barros, atual vocalista?
André: De certo modo sim, porque a banda vai se adaptando aos músicos que estão tocando nela, então intuitivamente, com Alinne, ficamos com um som mais pesado. Ela cantava conforme se sentia bem e isso era o importante. O ponto principal é que Alinne tem a sua banda que precisa de dedicação integral e a Fireline precisava de alguém que soasse mais com essência melódica, e com a entrada de Wilenaina tudo se encaixou rapidamente, tanto que hoje as músicas soam como se tivessem sido feitas para ela cantar.
André: De certo modo sim, porque a banda vai se adaptando aos músicos que estão tocando nela, então intuitivamente, com Alinne, ficamos com um som mais pesado. Ela cantava conforme se sentia bem e isso era o importante. O ponto principal é que Alinne tem a sua banda que precisa de dedicação integral e a Fireline precisava de alguém que soasse mais com essência melódica, e com a entrada de Wilenaina tudo se encaixou rapidamente, tanto que hoje as músicas soam como se tivessem sido feitas para ela cantar.
Foto: André Rocha
André: Para a banda, essa demo tem sido muito importante por mostrar que o nosso trabalho está se consolidando cada vez mais, e a gente sente esse ‘feedback’ do publico nos shows, novas portas estão se abrindo o que traz muita satisfação e também responsabilidade.
Como foi a participação do músico Giovanni Sena na demo?
André: O Giovanni é um amigo de longa data e conversando surgiu a idéia de fazermos um projeto em parceria, por enquanto não vingou, apesar de algumas músicas compostas. Na mesma época começamos a gravar a demo e, sem baixista fixo, pedi pra ele quebrar essa. Ficou muito bom, não canso de agradecer a sua ajuda.
André: O Giovanni é um amigo de longa data e conversando surgiu a idéia de fazermos um projeto em parceria, por enquanto não vingou, apesar de algumas músicas compostas. Na mesma época começamos a gravar a demo e, sem baixista fixo, pedi pra ele quebrar essa. Ficou muito bom, não canso de agradecer a sua ajuda.
A cozinha com o novo baixista, Milson Feitosa, está mais solta. Sua técnica chega até unir o Jazz ao Rock em alguns improvisos. Essa versatilidade com o carisma de Wilenaina deixa a banda mais instigante em palco, concorda?
André: Sim, o time está melhor. E isso tem haver com a maneira como compomos as musicas, eu levo uma guia e no ensaio cada um vai executando a sua maneira até acharmos que está ok, e essa liberdade vai para o palco.
André: Sim, o time está melhor. E isso tem haver com a maneira como compomos as musicas, eu levo uma guia e no ensaio cada um vai executando a sua maneira até acharmos que está ok, e essa liberdade vai para o palco.
Foto: André Rocha
André: Não acredito que tenha sido. Apesar de tudo achei que ele foi mal educado, não com a Fireline, mas com o povo brasileiro. Não era para tanto. O importante é que temos outras músicas além de Fireline, isso já está no passado.
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