sexta-feira, 1 de agosto de 2014

OPINIÃO: Em Fortaleza Speed/Thrash/Death não são "retrô"


A capital cearense durante anos vem trilhando dentro de sua cena underground, caminhos que levam ao público nacional uma gama de representações relevantes provenientes do Heavy Metal. O cenário nos anos oitenta e noventa sofreu grande influência do Thrash Metal da ‘Bay Area’ de San Francisco (EUA), da New Wave Of Britsh Heavy Metal (logicamente da Inglaterra) e principalmente, do Metal feito na Alemanha. Aqui no Brasil, foram importantes para sua construção, os movimentos de Belo Horizonte (MG) no acompanhamento de bandas como Sepultura, Mutilator e Sarcófago e também dos “mitos” de São Paulo (SP) através das bandas que compunham o projeto SP Metal, dentre outras – mencionando também trabalhos de bandas do Rio de Janeiro (RJ) como, Dorsal Atlântica e Taurus. O tempo foi passando e a herança foi se valorizando na terra de José de Alencar. Muitos daqueles ídolos descansaram durante décadas resurgindo apenas na entrada dos anos “2000”, o chamado Retrô da Cena Thrash. As bandas de Fortaleza então, mesmo sem apoio de grandes selos sempre se mantiveram fiéis à sua herança e, mesmo reclusas ao seu território (algumas foram bem mais longe), conseguiram durante todo esse tempo renovar a sua cultura no Metal. Hoje, não é mais novidade para o Brasil que não só a capital, mas todo o Ceará é referência em estilos extremos do Metal, isso porque enquanto muitos hibernavam fora de suas linhas, lá dentro tudo se intensificava, e essa substância que corre nas veias desses nordestinos cada vez mais encontra novos dutos. Conquistar o atributo de referência em música extrema de uma nação jamais foi algo planejado por esses guerreiros, mas consequência da dedicação pelo que faz. Por que não se orgulhar?

Fotos: Facebook.


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