A capital cearense durante
anos vem trilhando dentro de sua cena underground, caminhos que levam ao
público nacional uma gama de representações relevantes provenientes do Heavy
Metal. O cenário nos anos oitenta e noventa sofreu grande influência do Thrash
Metal da ‘Bay Area’ de San Francisco (EUA), da New Wave Of Britsh Heavy Metal
(logicamente da Inglaterra) e principalmente, do Metal feito na Alemanha. Aqui
no Brasil, foram importantes para sua construção, os movimentos de Belo
Horizonte (MG) no acompanhamento de bandas como Sepultura, Mutilator e
Sarcófago e também dos “mitos” de São Paulo (SP) através das bandas que
compunham o projeto SP Metal, dentre
outras – mencionando também trabalhos de bandas do Rio de Janeiro (RJ) como,
Dorsal Atlântica e Taurus. O tempo foi passando e a herança foi se valorizando
na terra de José de Alencar. Muitos daqueles ídolos descansaram durante décadas
resurgindo apenas na entrada dos anos “2000”, o chamado Retrô da Cena Thrash. As
bandas de Fortaleza então, mesmo sem apoio de grandes selos sempre se
mantiveram fiéis à sua herança e, mesmo reclusas ao seu território (algumas
foram bem mais longe), conseguiram durante todo esse tempo renovar a sua
cultura no Metal. Hoje, não é mais novidade para o Brasil que não só a capital,
mas todo o Ceará é referência em estilos extremos do Metal, isso porque
enquanto muitos hibernavam fora de suas linhas, lá dentro tudo se intensificava,
e essa substância que corre nas veias desses nordestinos cada vez mais
encontra novos dutos. Conquistar o atributo de referência em música extrema de
uma nação jamais foi algo planejado por esses guerreiros, mas consequência da
dedicação pelo que faz. Por que não se orgulhar?
Fotos: Facebook.
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