Por: Jânio Florêncio
O acústico se deu dentro dessa perspectiva onde, num espaço pouco maior que um quarto de casal, o bom rock ”a trois” atraía os olhares e os ouvidos de quem disputava um pedacinho de terra para ver a banda tocar.
Zé Ramalho se fez presente na voz peculiar de Ravel Holanda e abriu o espetáculo com beleza e vivacidade em “Noite Preta”. Em seguida os “hits” satíricos, como “Um Lugar”, “Vestido Azul” e “Por Alguém que Já se Foi”, iam compondo um setlist que se desenvolveu muito bem e permitiu que a platéia curtisse cada músico em sua interpretação e execução.
A cada canção, a verdade de Álvaro Abreu e Jonas Monte aveludava o momento, fazendo os Sátiros soarem como se fosse um show elétrico. É gostoso ver a energia dos caras, mesmo em se tratando de um show acústico que, muitas vezes e equivocadamente, dá uma impressão mais monótona. Que nada!
Convidaram ainda Belchior e, nos covers, agradavam ainda mais a platéia que ouvia a tudo com muita surpresa. Logo viriam duas das minhas preferidas: “Desencontro” e “Devaneios”, que estavam juntinhas no “set” e acabei agraciado com este instante.
E assim se deu. Os Sátiros ecoaram pela livraria e o bom rock cearense se fortaleceu ainda mais com mais esta opção de formato: bem feita, bem recebida e verdadeiramente promissora. Vida longa aos Sátiros!
Integrantes:
Ravel Holanda (Guitarra e Voz)
Jonas Monte (Baixo)
Álvaro Abreu (Bateria)
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