O TORTURE SQUAD lançou o videoclipe da música “Pátria Livre” contando com a participação especial do vocalista João Gordo (Ratos de Porão). A faixa integra o tracklist do novo álbum de estúdio “Esquadrão de Tortura” (2013). O vídeo foi gravado, produzido e editado por Wagner Meirinho, da produtora Loud Factory. Confira o videoclipe abaixo!
O cantor e compositor R-VOX participou do programa Rock ao Máxximo e falou sobre o início de sua carreira solo com o lançamento do EP “Outro Round” (2014), influências musicais, as bandas pelas quais passou, turnês, como foi processo de composição e gravação do EP, as razões pra não trabalhar com uma banda e mais! Acesse o link abaixo para escutar a entrevista completa e as músicas “Hora H, Dia D”, “A Paz”, “Rock On”, “Hello, Hello” e “Outro Round”.
Roney Santos, Sandro Menossi e Adelson Almeida, respectivos vocalista, baterista e guitarrista da banda paranaense OS DOUTORES, participaram do programa Rock ao Máxximo. Na entrevista falaram sobre o significado do nome do grupo, o início das atividades, influências musicais, como funciona o processo de composição, produção e lançamento do EP de estreia “Antes que Tudo se Acabe” e mais! Acesse o link abaixo para escutar a entrevista completa e o primeiro single “Tá Tudo Bem”.
O Power-trio catarinense MAQUINARIOS lançou o segundo episódio da “Live Session” em promoção ao EP de estreia “Seis Milhas para o Inferno” (2013). Intitulado “Maquinarios Live in Studio”, o projeto tem como objetivo difundir as músicas que mais se destacaram no debut. O trabalho também tem como intuito, levar ao público a performance ao vivo e exclusiva das primeiras canções da banda, além de se ser o primeiro registro oficial com o novo baterista Diego Massola.
“Maquinarios Live in Studio” é o projeto que encerra as divulgações do EP “Seis Milhas para o Inferno“. A banda entra em estúdio no segundo semestre de 2014 para a gravação do CD full. Confira a baixo o segundo episódio da série.
Seguindo a tendência das bandas independentes o LEGION OF NEXUS, projeto encabeçado pelo multi-instrumentista e produtor Fabio de Paula (HellLight), terá seu material lançado de forma exclusivamente digital.
O lançamento será feito em breve pela Metal Media Digital Music, que disponibilizará o disco nas maiores lojas especializadas do ramo como iTunes, CD Baby, Amazon e em serviços de streaming como o comentado Spotify e similares.
O trabalho foi gravado no estúdio Hell Inc e a arte da capa foi desenvolvida por Adilson Marestoni, que também é músico.
Recentemente o LEGION OF NEXUS anunciou as participações especiais do disco. E são dois dos principais nomes da nova geração de músicos do Metal: Silvano Aguilera e Rafinha Moreira. Ambos cantam em algumas faixas do álbum.
O primeiro é vocalista e guitarrista de uma das bandas que mais cresceu e se destacou nos últimos anos, WOSLOM, que com dois discos apenas é um dos grandes nomes do Metal brasileiro da atualidade.
O segundo, apesar de jovem, integra uma das bandas mais tradicionais do cenário brasileiro: PANZER. O vocalista entrou na banda juntamente com seu retorno aos palcos e com o mais recente álbum, ‘Honor’, mostrou porque é o frontman da máquina thrash.
O LEGION OF NEXUS disponibilizou uma música para audição. A canção leva o título de ‘Symmetry’, confira:
E os bardos brasileiros voltam a atacar! Este tempo afastado do palco foi crucial paro o LOTHLÖRYEN se concentrar em escrever mais um trabalho, que sucederá diretamente o amplamente aclamado ‘Raving Souls Society’ de 2012.
Ainda é um pouco cedo para falar abertamente sobre os novos rumos que os caros bardos tomarão, mas um aperitivo já está sendo preparado: será um single a ser lançado ainda em outubro.
O título do trabalho será ‘Time Will Tell’ e a capa apresentada foi novamente criada por Marcus Lorenzet, mesmo artista responsável pela capa de ‘Raving Souls Society’.
A música foi gravada nos estúdios Jack Studios (Machado-MG) e Bar dos Bardos (Poços de Caldas-MG). A mixagem e a masterização foram feitas em São Paulo, por Thiago Okamura no To-Mix Studios.
O guitarrista Leko Soares explica melhor o que está por vir:
“É sempre complicado escolher uma música para representar o álbum como um todo. Nós meio que desencanamos dessa ideia e a escolha da ‘Time Will Tell’ não parte dessa premissa, mas sim do fato de que ela mostra a banda em sua plenitude, ressaltando os arranjos que nela se distribuem de maneira mais homogênea entre todos os instrumentos, apresentando mais cores, dinâmica e nuances durante os pouco mais de 4 minutos. Eu diria que é um Lothlöryen em 3D mais ousado e com mais bom gosto, porém ainda mantendo as características peculiares ao nosso som”.
O trabalho será lançado no dia 13 de outubro. Mais informações serão anunciadas muito em breve!
Contato para shows e merchandise: lothloryen.oficial@gmail.com
O gaúcho DISTRAUGHT, enfim, aporta em São Paulo depois de sete anos afastado do estado. A banda tem dois shows marcados para o final da semana.
O primeiro será um encontro de gigantes. Além do quinteto Thrash, as bandas NERVOCHAOS, AMAZARAK e WARSICKNESS completam o cast. O evento acontece sexta-feira, 3 de outubro, no Mineiro Rock Bar (Av. Maria Campos, 706) e o ingresso custará apenas R$10,00! O headbanger poderá ver três dos principais nomes da história do Metal nacional, junto com uma das forças da nova geração, por DEZ REAIS!
A outra apresentação será mesmo na capital no Blackmore Rock Bar no dia 5 de outubro, domingo. O evento contará com mais sete bandas de todo o Brasil. Quem quiser comprar o ingresso antecipado e ainda ajudar a banda, pode fazer pelo link: www.distraught.com.br/showsp
Sete anos! Neste meio tempo, o DISTRAUGHT lançou dois álbuns de grande sucesso de público e de crítica: ‘Unnatural Dysplay Of Art’ e ‘The Human Negligence Is Repugnant’, que colocaram o DISTRAUGHT entre as melhores bandas e lançamentos de seus respectivos anos.
O Distraught já excursionou por todo o Brasil e América do Sul, levando seu show energético e respeito aos fãs por onde passaram.
Confira um vídeo ao vivo de um recente show do DISTRAUGHT na capital gaúcha:
O Ceará já é conhecido em todo Brasil pela revelação constante de nomes que fortalecem a cena underground no quesito música extrema. O que poucos não conhecem, é o talento de vários grupos que atendem por vertentes mais virtuosas dentro do mesmo cenário. É o caso de Jack The Joker, uma banda que vem apostando na modernidade musical desde 2012, mas que valoriza a essência de belas notas tiradas do Progressivo, unindo-as ao peso do Heavy Metal. Vamos conferir o que Rafael Joer (vocal), Lucas Arruda (baixo), Vicente Ferreira (bateria), Felipe Facó e Lucas colares (guitarras) têm a dizer sobre esse trabalho.
Como a banda ver o crescimento do Progmetal mundialmente?
O progressivo, por essência, tende a ser um estilo mais neutro e abrangente. Dentro da mesma esfera, encaixam-se Dream Theater, Symphony X, Opeth, Porcupine Tree, A.C.T., Enchant, Evergrey, Pain Of Salvation e uma série de bandas que, se ouvidas uma a uma, de fato se define um ou outro elemento em comum, mas a abrangência somada à capacidade de se reinventar dentro de si são pontos-chave no estilo. Junto disso, a saturação de estilos outrora bastante visados, também leva o público a buscar novas fontes.
Em Fortaleza, bandas como Sleeping Awake abriram portas importantes para o estilo, e Jack The Joker está dando continuidade à solidificação desse espaço. Qual a opinião de vocês em relação à atenção do público local?
Em Fortaleza, bandas como a Tiglath, Alliance, Frozen Fire e Insanity Dawn, todas estas em estilos próximos ao mencionado e de elaboradas em altíssimo nível, no começo e meio dos anos 2000, foram determinantes para alavacar a cena como um todo e foram referência na nossa adolescência. Estamos buscando trabalhar como tais bandas e acreditamos que possa haver um crescimento a partir de um material elaborado com esmero.O público tem passado um ‘feedback’ bastante interessante até então, e acreditamos que, se oferecermos condições de fazer um show legal, ele pode abraçar nossa causa.
Here Again e Ordinary Men foram lançadas em 2012, mas agora constam no primeiro álbum de vocês, In The Rabbit Hole, lançado em julho de 2014. Como chegaram a essa decisão?
Here Again e Ordinary Men foram duas das primeiras músicas compostas por nós. Como foram gravadas de forma completamente caseira, descompromissada e mixada/masterizada por nós mesmos, decidimos que as duas mereciam uma nova roupagem, aproveitando toda a minúncia que usamos para a gravação das outras trilhas do álbum.
O som de vocês às vezes traz uma linha bem agressiva, deixando o lado progressivo com passagens apenas sutis, é o caso de Jack Ketch e Awake. Fale-nos sobre o desenvolvimento artístico da banda desde o seu começo.
O Jack The Joker, para esse primeiro disco, contou em maior parte com composições de projetos anteriores, como Samhainfall e Brutall Project, que foram escolhidas a dedo. A amplitude de estilos também se dá pelo fato de termos músicas compostas entre o ano de 2008 e 2013. Com relação a Jack Ketch e Awake, elas representam o lado bom do progressivo: procuramos explorar distintos elementos, sem fugirmos do que nos propusemos a fazer.
Essas músicas também traz alguns elementos que as pessoas podem associar hoje como Metalcore. Concorda?
Na verdade, não sabemos fazer Metalcore (risos). Talvez pela essência, que vem de uma base progressiva. Mas certamente o Thrash Metal é bastante perceptível nas duas músicas citadas, bem como uma característica mais extrema foi explorada na Nothing Lasts Forever. A própria Ordinary Men conta com uma agressividade na voz do Joer que remete bem ao Phil Anselmo, ao Russel Allen. O Jack The Joker se propõe a criar algo a partir da criatividade individual de cada um, e aproveita suas influências sem distinção de “novo” ou “velho”, “moderno” ou “tradicional”. Acreditamos que música boa pode ser música recente ou antiga, já que isso não necessariamente vai definir sua qualidade.
Better Times mantem a proposta da boa melodia, mas se harmoniza com o peso. Aí já percebemos que a banda gosta de experimentar e não se apega a uma única linha de som.
Sim, a Better Times representa uma linha de composição mais direta, no qual buscamos dar maior ênfase aos vocais do Joer. Prophets Of The Profit ora tem uma pegada mais tradicional, ora conta com elementos progressivos ou da música contemporânea, e por aí vai.
Nothing Last Forever contém ótimos arranjos e melodia. Como veio a ideia de chamar Jeferson Veríssimo (In No Sense) para participar?
Ao elaborarmos um trecho mais Death Metal na Nothing Lasts Forever, pensamos em inserir um vocal mais agressivo que representasse a explosão da passagem. Por gostarmos dos vocais do Jeferson, um grande amigo do Jack The Joker, fizemos o convite e ele topou fazer essa participação, sempre com um clima bastante agradável, e deixar seu registro no nosso álbum.
A cozinha rouba a cena em Darkness No More, principalmente com as partes de baixo. Essa coisa de cada integrante mostrar o seu talento dentro da banda, me parece ser bastante valorizada.
A ideia em Darkness No More é, na verdade, o quão interessante possa soar o trabalhando individual em conjunto. Trabalhar um verso todo no ‘slap’ causa uma sonoridade bem interessante e peculiar, não muito convencional no Metal. Dá uma sensação de ‘groove’ e tende a prender a atenção de quem ouve. Se cada membro da banda tem recursos a oferecer, por que não utilizá-los? (risos)
O disco foi lançado através de serviços de ‘streaming’. Haverá um lançamento físico do álbum?
O disco será lançado em formato físico no mês de novembro, bem como alguns ‘merchans’, tipo camisa etc. Por enquanto, o disco In The Rabbit Hole está disponível no Deezer, Spotify, Rdio e Grooveshark, e atualmente estamos lançando no YouTube uma música por semana.
Obrigado pela entrevista, pode deixar as suas considerações finais.
O Jack The Joker agradece aos leitores do Rock-CE, ao próprio Rock-CE e ao Leonardo M. Brauna pelo interesse, espaço e apoio com essa entrevista. Quem quiser ficar por dentro do conteúdo do Jack The Joker, pode acessar www.facebook.com/jackthejokerbr, curtir nossa página e acompanhar o conteúdo que lançamos lá semanalmente, como vídeos, músicas, shows e novidades em geral. Em novembro, estaremos lançando o álbum em formato físico e teremos alguns shows de lançamento, tanto em Fortaleza quanto em outras cidades do Nordeste. Tudo isso pode ser acompanhado pelas redes sociais. Deixamos com vocês os links do ‘clip/lyric’ de Awake e Darkness No More, e esperamos que vocês curtam. Valeu!
Enfim um dos debut mais esperados deste ano está disponível para venda: ‘The Grand Disguise’, álbum de estreia do gaúcho DAYDREAM XI está disponível para venda via a alemã Power Prog.
O álbum está disponível apenas em formato digital. Para comprar, visite:
O álbum foi gravado no estúdio Daydream XI Cube e produzido pelo vocalista Tiago Masseti e pelo sueco Jens Bogren (Opeth, Symphony X, Pain of Salvation, James LaBrie) que também masterizou o trabalho em seu estúdio Fascination Street.
A arte da capa ficou também nas mãos de Tiago Masseti, que além de músico é designer visual.
Um lyric video também foi disponibilizado, confira:
Já está disponível através do selo inglês Raptors Music o debut álbum da banda gaúcha GRIMRIOT.
O álbum leva o título de ‘Under Red Stars’ e apresenta uma banda que sabe como poucas misturar o peso do Metal Moderno com a técnica do Prog e o feeling do Metal mais tradicional.
E o mineiro HAMMURABI finca definitivamente suas raízes na capital paulista. Depois de anunciar a mudança de cidade, a banda anuncia dois novos membros vindos da Terra da Garoa.
O novo baterista é o experiente Leandro Gavazzi, bem conhecido da cena brasileira, com passagens por bandas como Pentacrostic, Cruor Cultum e Divine Uncertainty.
Para a guitarra foi convidado o músico Uila Max, que após passagem pela banda Necropolle iniciou um trabalho solo instrumental e investiu em vídeos para plataformas digitais. Atualmente seu canal no YouTube ultrapassa a marca de 1.200.000 visualizações. Dentre diversos materiais publicados, estão vídeo aulas, reviews, tributos e claro, músicas autorais. Uila trabalha em parceria com a marca de encordoamentos norte americana Cleartone e com a de straplocks alemã Loxx.
Completando o lineup atual, o vocalista e guitarrista Daniel Lugondi, um dos fundadores da banda comenta que em breve será anunciado um novo baixista mas o foco está na preparação do novo álbum (previsão de lançamento no primeiro semestre de 2015), mas antes devem lançar um single para apresentar o novo trabalho e a nova formação.
Desde sua fundação em 2006, o HAMMURABI já teve vários lançamentos, shows por todo o país e ainda o status de já ter sido eleita banda revelação nacional em 2009 e melhor banda mineira de 2011. O grupo também já dividiu o palco com grandes nomes do Metal mundial como: Sodom, Krisiun, Vader, Ragnarok, Onslaught, Gama Bomb, Dark Funeral entre outros.
Apesar do nome novo na cena, a revista Underground Rock Report é formada por experientes figuras da cena, com participação na produção de eventos, sites, blogs e zines especializados. Mais informações sobre o staff da revista e novidades:
www.facebook.com/undergroundrockreport
Recentemente o HIBRIA foi confirmado como uma das atrações do famoso festival norte-americano ProgPower em sua edição de 2015. Será o debut da banda nos Estados Unidos!
A banda também anunciou o relançamento do álbum “Defying the Rules”, que será regravado e lançado no Japão. Para a arte do material a banda lançou um concurso, artistas do mundo inteiro podem participar, confira:
E também recentemente o HIBRIA disponibilizou um novo videoclipe, para a música ‘Shall I Keep On Burning?’ do mais recente álbum ‘Silent Revenge’. O clipe foi gravado em uma tecnologia poucas vezes usada por aqui: 4K ou Ultra HD, confira:
Cada vez mais próximo do lançamento de seu debut, a BLACKNING, formada por músicos com histórico de bandas como Andralls, Woslom e PostWar, apresenta a capa de ‘Order Of Chaos’.
A gravação do disco também vai de vento em popa. A bateria de Elvis Santos e o baixo de Francisco Stanich já foram registrados e as gravações de guitarra de Cleber Orsioli estão bem adiantadas, que assim como o baixo estão sendo gravadas no estúdio CDC em Santo André/SP.
Para a produção, a BLACKNING convidou um dos principais nomes do metal no Brasil: Fabiano Penna (The Ordher, Rebaelliun).
Conforme noticiado, a BLACKNING é uma nova banda formada por músicos extremamente experientes da cena. Na guitarra e vocal ninguém menos que Cleber Orsioli, que ganhou notoriedade com seu trabalho que vem executando no Andralls. Para o baixo, Francisco Stanich, que integrou o Woslom, e completando o lineup, o baterista Elvis Santos, ex-PostWar.
Um dos maiores sonhos dos paulistas do SLASHER terá que esperar mais um pouco para acontecer. A turnê europeia anunciada para este ano foi reagendada para o início de 2015.
Este adiamento é por uma boa causa. Com a divulgação de ‘Katharsis’ pelo velho mundo, o grupo identificou melhores oportunidades para o início do próximo ano. “Estávamos muito empolgados com nossa turnê por lá para agora e trabalhamos muito por isso. No entanto, achamos melhor fazer uma turnê mais completa no ano que vem e atingir mais países, amarrando com outras oportunidades que estamos trabalhando em paralelo em outros continentes“, comentou o guitarrista Lucas Aldi.
Em breve a banda anunciará mais detalhes e datas da nova e aguardada turnê pela Europa. Enquanto isso o grupo segue na divulgação de ‘Katharsis’, álbum que vem sendo apontado por muitos como um dos principais lançamentos nacionais do ano. O trabalho, lançado em formato digipack, foi produzido pelo dinamarquês Tue Madsen (The Haunted, Dark Tranquility, Kataklysm).
Como parte da promoção deste disco, a banda deverá anunciar mais shows pelo Brasil e, possivelmente, para a América do Sul ainda este ano. Além disso, uma superprodução em videoclipe para a música “Final Day” acaba de ser disponibilizada. O vídeo foi dirigido por Théo Grahl, da Bonita Produções, com fotografia de Ricardo Carotta e direção de arte de Valner Cintra.
O clipe é protagonizado por Erico Geraldi e mostra uma história influenciada pela linguagem de Guy Ritchie (‘Snatch – 2000? e ‘Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes’ – 1998). Assista:
O mundo recebeu com alegria esta semana a notícia de que em breve poderemos por as mãos em mais um álbum do PINK FLOYD (um dos ícones do rock progressivo, embora haja controvérsias se a banda pode ser classificada ou não como progressiva). Do lado do metal progressivo, uma das maiores bandas do estilo está prestes a aportar em terras tupiniquins, o DREAM THEATER. Aproveitando tudo isso, conversamos com uma das bandas brasileiras que desponta e promete levantar a bandeira do estilo no Brasil, a VIVALMA. Conversamos com Odilon Gonçalves, guitarrista do quinteto, sobre a cena progmetal em nosso país e, principalmente, sobre o álbum "Human Effect", uma pérola conceitual (e dupla) que recentemente teve sua produção garantida graças ao sucesso em um site de financiamento coletivo. Composta por Marco Petucco (voz), Odilon Gonçalves (guitarra), Gus Martins (teclado), Raphael Filt (baixo) e Mario Gaiotto (bateria) e com influências como PAIN OF SALVATION, MUSE, RUSH, YES, PORCUPINE TREE, OPETH, DREAM THEATER e SYMPHONY X, a banda paulista deve finalizar até o final do ano a prensagem de "Human Effect". Você confere a conversa abaixo:
Hoje temos uma infinidade de bandas revivendo o thrash metal oitentista, mas o número de bandas de prog e prog metal ainda é pequeno. Como vocês vêem a cena prog no Brasil?
Odilon Gonçalves: Infelizmente, vejo a cena do progressivo pulverizada, desunida e, em alguns casos, com o péssimo costume de criar uma rivalidade nos aspectos técnicos, o que é muito nocivo. Ou seja, praticamente não existe a cena do prog. As bandas de prog precisam aprender muito com a cena do Metalcore (PROJECT46, COMMAND6, TRAYCE, etc), por exemplo, para agir de forma mais unida organizada e, principalmente, solidária. Quanto ao Thrash, é inegável que o Brasil sempre foi um grande celeiro de bandas mais extremas, tanto de Thrash quanto de Death Metal. Basta ver que alguns dos maiores nomes do nosso cenário fazem parte destes subgêneros.
Vocês veem a complexidade técnica, algo inerente do prog (apesar de algumas bandas de Death e Thrash se aproximarem muito disso), como um empecilho para o surgimento e consequente disseminação do prog no Brasil?
Odilon: No Brasil, o que eu ouvi muito de outros músicos, ao longo de minha carreira, foi que ter uma banda de progressivo dá muito trabalho. Não conecto esse trabalho apenas à parte técnica, de você passar 8 horas diárias estudando seu instrumento, mas a tudo o que envolve o progressivo. O progressivo, para mim, é sinônimo de materiais com bom acabamento, e gerar materiais desse tipo é trabalhoso.
Apesar disso, o DREAM THEATER, um dos maiores expoentes do prog metal no mundo, estará no mês que vem em extensa turnê por aqui. Além disso, shows de bandas como ANGRA, ALMAH e, mais recentemente, NOTURNALL (que, embora sejam rotuladas costumeiramente como power metal, tem muitas características de prog) costumam fazer muito sucesso de público e crítica. Mais ainda, em estados como o Ceará, bandas como COLDNESS e JACK THE JOCKER começam a atrair cada vez mais atenção, até fãs clubes e petições on-line para abrir o show da já citada DREAM THEATER. Tudo isso mostra que há público para o prog metal em todo o nosso país, embora não haja tantos eventos e bandas como de thrash ou death. Quais os planos de vocês para levar as estórias do Envision para o público de todo o Brasil? Já tem feito contato com produtores fora de São Paulo?
Odilon: Como todos no VIVALMA têm profissões paralelas, depois de muitos testes, encontramos algumas formas de organização para fazer as coisas acontecerem. Assim, hoje nós dividimos o VIVALMA em ciclos de trabalho. No momento, estamos encerrando o ciclo do “disco físico, recompensas do Catarse e vídeo ao vivo”. Em paralelo, já estamos arquitetando o próximo ciclo. O que posso adiantar é que, por estarmos vendo - há alguns anos - diversas bandas autorais "morrerem" por conta de uma ideia de "fórmula padrão de desenvolvimento de bandas no Brasil", e por já termos sofrido na pele com a precariedade geral da cena, estamos desenvolvendo um novo caminho. Algo que faça mais sentindo dentro de nossas vontades, e que também esteja conectado com a essência detalhista de nosso tipo de som. A ideia é despertar um público que está adormecido e anestesiado, que não tem mais costume de ir a shows.
Vocês tem um projeto de sucesso no Catarse. Entre lançar um disco de graça e cobrar pelo outro (como está fazendo o U2), vender discos pelo preço sugerido pelos fãs, o financiamento coletivo (ou, como chamam alguns, vaquinha virtual) é mais uma forma para que os músicos consigam lançar seus álbuns. O que vocês podem acrescentar sobre isso? O futuro da música pode estar aí?
Odilon: Percebo que o financiamento coletivo é visto de formas diferentes pelas pessoas que já o usaram. No VIVALMA, temos a preocupação de não torná-lo um abuso ou uma "forçação de barra". Adotamos a vaquinha virtual porque, realmente, não tínhamos de onde tirar a verba necessária para prensar nosso disco com qualidade, e resolvemos abrir o jogo com nosso público. Deixamos claro que investimos, do nosso bolso, nas melhores opções de mercado até onde foi possível. Futuramente, quem determinará se voltaremos a usar mais ou menos projetos de crowdfunding será nosso próprio público. Ou seja, se percebermos uma demanda por itens exclusivos, que só podem ser encontrados em campanha, ou que as pessoas tenham mais pressa por materiais inéditos do que podemos produzir dentro de um cronograma normal, provavelmente usaremos dessas ferramentas.
E sobre disponibilizar o álbum para audição na íntegra em sites como Youtube e SoundCloud. Pelo resultado no Catarse, não houve efeito negativo (ou talvez até isto tenha sido parte do que os levou ao sucesso no projeto), mas em nenhum momento vocês pensaram que isto afetaria as vendas do artefato físico?
Odilon: Para nós, o que faz sentido, nesse primeiro momento, é que sejamos ouvidos pelo maior número de pessoas possível. Todo o investimento que está girando em torno do 'Human Effect' é para conquistar uma chance de sermos ouvidos. Isso porque confiamos muito no nosso material e entendemos que, se o público certo nos der uma chance, ganharemos um espaço especial em sua lista de consumo. Sabemos que esse primeiro passo é de investimento, e que o retorno financeiro virá após fidelizarmos essas pessoas.
Para quem não pode participar do projeto a tempo e quiser adquirir o "Human Effect", quais os meios vocês pretendem disponibilizar?
Odilon: Hoje você já pode comprar o 'Human Effect' pelos principais canais de comércio digital de música, como iTunes, CD Baby, Amazon, entre outros. Em breve teremos nossa loja online, que também comercializará produtos físicos, e estamos analisando as melhores opções de distribuição – se fazemos parceria com empresas desse segmento ou se tornamos nossos materiais físicos itens exclusivos para pessoas que forem aos nossos shows e comprarem da nossa "barraquinha".
Estrear com um álbum conceitual é muito corajoso, ainda mais quando esse é um álbum duplo. Vocês chegaram a cogitar lançar um álbum simples ou sempre tiveram a ideia de fazer "Human Effect" da forma como o fizeram?
Odilon: O 'Human Effect' surgiu de uma forma muito natural e espontânea. Foram as músicas e letras que estávamos querendo fazer, tomando nós mesmos como público consumidor. Não é um disco com pretensão de concorrer - no aspecto de complexidade lírica - com os Ayreon, do Arjen Lucassen, por exemplo. Foi um material que fez sentido para nós nessa fase de nossas vidas. Discutimos seguidas vezes sobre lançar o 'Human Effect' em formato simples ou duplo. A parte financeira era um ponto importante nessa decisão. No fim, entendemos que não poderíamos podar um material que foi escrito dentro de uma mesma atmosfera musical. Para nós, seria como interromper a experiência visceral que sugerimos com o 'Human Effect'.
Bem, estamos falando de uma banda corajosa desde o início. Vocês gravaram o clipe para "Proudhome" ao vivo no Manifesto Bar (em São Paulo). A ideia de gravar um show inteiro e disponibilizá-lo num DVD ou no próprio YouTube ainda é algo distante ou vocês já começaram a pensar em algo dessa natureza, quem sabe com mais um projeto de financiamento coletivo?
Odilon: Vídeo é um material muito importante como elemento de contextualização e divulgação de qualquer trabalho hoje em dia. Seguiremos com a produção de vídeos pontuais e mais curtos. O VIVALMA entende totalmente a importância de um DVD ao vivo. Mas, voltando aos ciclos de trabalho que comentei anteriormente, não é uma coisa que estará em nosso próximo ciclo de curto prazo. Em médio prazo, com nosso público crescendo e tendo a infra de palco que almejamos para um ótimo espetáculo, com certeza, idealizaremos esse material.
Por favor, conte pra todo mundo que acabou de chegar de Marte o que está por trás de "Human Effect", qual o conceito que permeia a história.
Odilon: 'Human Effect' tem uma característica obscura e, de certo modo, introspectiva. São oito músicas (sendo que a trilogia Envision é dividida em três faixas, totalizando 10), que podem funcionar de forma independente, mas que têm como ponto comum as visões do personagem Envision. Ele, por ser sensitivo, “vê” a história das pessoas que protagonizam as outras letras. Propomos, essencialmente, uma reflexão sobre o comportamento humano. Sobre ação e reação do que decidimos fazer em nossas vidas.
De quem foi a ideia dessa história? Há um Neil Peart entre vocês ou é fruto da contribuição de cada um?
Odilon: Foi minha a ideia do Envision como personagem de uma trilogia e como elemento de interligação entre as 10 faixas. O lance da sensitividade foi algo que eu estava refletindo muito na época e quis colocar no papel, quis me expressar sobre isso de alguma forma. Misturei essas reflexões com algumas metáforas da minha vida pessoal. Sabemos que, no Rush, só o Neil escreve letras, mas no VIVALMA não existe censura nenhuma. Qualquer um dos membros pode colaborar com letras. Não sou um cara muito experiente escrevendo músicas, tenho somente um álbum lançado, mas pude perceber que escrever uma letra de música é mais complexo e demanda mais suor do que pode parecer.
Vocês já disseram que tem planos de tocá-lo na íntegra, mas não na mesma ordem. Isso já aconteceu? Senão, enquanto isso não acontece, que músicas não podem ficar de fora do repertório dos shows, quais tem tido maior aceitação por parte do público?
Odilon: Nós ainda não tocamos nenhuma das três partes da Envision ao vivo. 'A Touch', 'Feeland Flow' e a 'Vivalma' também não. Mas já temos um evento programado para 30 de setembro, onde estrearemos algumas delas ao vivo! Nos shows, não podem faltar a 'Proudhome' e a 'Solitude'. São as músicas que mais têm atraído a atenção do público em geral.
A banda já se chamou Envision. Hoje, este é o nome do personagem principal de "Human Effect". Além destes, já teve outros nomes. Qual o motivo dessas mudanças até chegar ao definitivo VIVALMA?
Odilon: Encontramos, pelo mundo, outras duas bandas com o mesmo nome, Envision. Ficamos “broxados” com isso e não vimos sentido em manter um nome repetido. Queríamos um nome que pudesse soar bem globalmente, sem barreiras de idioma. Os nomes anteriores a esse faziam sentido quando éramos mais moleques, lembrando que a ideia de ter uma banda autoral existe desde que o tecladista Gus Martins e eu tínhamos 15/16 anos. VIVALMA era o nome de uma música nossa que já existia. Foi ideia do vocalista Marco Petucco puxar o nome, pois a música simbolizava 100% do que somos enquanto banda.
Vocês estão com um novo baterista, Mario Gaiotto, formado em percussão sinfônica pela Unesp, que entrou na banda logo após a gravação de "Human Effect". O novo baterista declarou recentemente “Eu fiquei impressionado com o som do VIVALMA porque eu não tinha notícia de nenhuma banda no Brasil que estivesse fazendo um som com tanta qualidade dentro do Rock, do Prog Metal''. No entanto, eu imagino que ele esteja ansioso para começar a dar suas próprias contribuições ao VIVALMA. Isso será possível já nas faixas de "Human Effect" ou vocês já começam a visualizar, mesmo de forma distante, o seu sucessor?
Odilon: O Mario está ansioso para isso e já planejamos algumas formas de dar vazão criativa ao talento dele. De cara, ele recebeu carta branca para personalizar alguns arranjos rítmicos, e isso virá ao conhecimento do público em breve, com vídeos focados em bateria. Num segundo momento, dentro do próximo ciclo de trabalho que estamos planejando, teremos oportunidade de escrever alguns materiais pontuais em conjunto, mas não chegam a ser músicas novas para disco. Depois, virá o próximo álbum. Da minha parte, posso dizer que tenho um prazer gigante em compor música. Algo quase como um hobby.
Uma coisa curiosa é que duas partes de "Envision" recebem nomes que remetem a gigantes do prog ("Pt. 1 - Genesis" e "Pt. III - Echoes", é impossível não lembrar do PINK FLOYD). Há alguma intencionalidade nisso ou foi mera coincidência?
Odilon: É uma boa pergunta, porque nunca ninguém me perguntou sobre isso - nem meus companheiros de banda (risos). Quando esses dois nomes brotaram na minha mente, num primeiro momento, julguei nomes adequados para a temática de cada uma dessas partes da letra. Pensava em palavras simples. Quando me questionei o porquê de colocar esses nomes, percebi que estava numa fase de ouvir bastante essas bandas que você citou. Assim, achei bacana fazer uma homenagem a esses monstros sagrados do prog, unindo uma coisa à outra.
Pra finalizar, parabéns pelo disco (não só pelo sucesso no catarse, mas pelo conteúdo - ouvi e gostei bastante), use esse espaço para convidar quem ainda não conhece o VIVALMA a conferir o trabalho de vocês.
Odilon: O VIVALMA é uma banda que trabalha com muita sinceridade e esforço em cada coisa que se propõe a fazer. Se você curte músicas com várias camadas e climas, ou mesmo se é um consumidor compulsivo de bons filmes, séries, games e livros, e está procurando por uma banda brasileira de cinco caras que amam o que fazem, ouça nosso disco de estreia, 'Human Effect'! Será uma viagem bem completa em um novo mundo, e poderá servir de trilha sonora para muitas coisas que você curte fazer.
Dave Evans, primeiro vocalista do AC/DC, não tem uma longa história com a banda. Ele, Malcolm Young, Angus Young, junto com Colin Burgess e Larry Van Kriedt permaneceram juntos como banda por apenas cerca de dois anos. Depois de muitos problemas com Dennis Laughlin, empresário da banda, foi substituído por Bon Scott. Dave gravou o primeiro single do AC/DC, com duas músicas, em 1974, "Can I Sit Next To You Girl" e "Rocking In The Parlour". Depois de sua passagem pela banda australiana, participou da banda RABBIT e THUNDER DOWN UNDER, antes de lançar-se em carreira solo, com dois, um e três full length respectivamente, além de participar de tributos a Bon Scott. O músico está pela primeira vez no Brasil cantando canções de suas ex-bandas, de sua carreira solo (inclusive os sucessos "Sinner" e "Sold My Soul To Rock N' Roll". Tivemos a oportunidade de conversar com ele na tarde de quinta-feira, quando falamos sobre os primórdios do AC/DC, seus planos para o futuro e até sobre uma banda chamada VELVET UNDERGROUND (da Austrália). Confira como foi o papo com Uncle Dave a seguir.
Foto: The Ultimate Music
1. Estamos falando com Dave Evens, auto intitulado "The
King of All Badasses" (O Rei de Todos os Fodões), que vendeu sua alma
para o rock and roll. Ele é o primeiro vocalista de uma banda que todos
amamos, chamada AC/DC. E é uma honra falar com você, Dave? Como você
está?
Dave Evans: Obrigado pela introdução. Eu estou me sentindo fantasticamente bem aqui no Brasil.
2. Ouvi dizer que você foi até a um jogo de futebol. Foi bom?
Dave Evans: Sim.
Eu fui muito privilegiado e honrado por ter sido convidado pelo
presidente do Coritiba, ontem à noite, para ser o convidado de honra do
jogo e foi uma experiência incrível e fantástica. Eu gostei do jogo
assim como dos amigos por lá. E eles me presentearam com uma camisa
oficial, com o meu nome nas costas. Foi uma surpresa e uma grande honra.
No intervalo, eu fui no chão, com o mascote e me apresentaram para a
multidão. Foi uma grande noite, uma que, claro, eu nunca vou esquecer.
3.
Eu ia te perguntar o que o público pode esperar deste show, mas, você
já tocou em Curitiba, certo?, e, provavelmente quando publicarmos esta
entrevista você provavelmente já terá tocado em Várzea Paulista. Então,
como você está vendo essa turnê e o que achou dos roqueiros brasileiros.
Dave Evans: Está
sendo fantástico. Já tocamos dois shows. As plateias tem se mostrado
muito excitadas, assim como eu estou muito excitado por estar aqui pela
primeira vez. Eu toco uma mistura do meu rock fodão, como eu o chamo, e
algumas canções do AC/DC antigas e algumas dos grandes clássicos da era
Bon Scott com a banda. Isto faz a toda a excitação, força e energia, as
plateias gostam de rock pra valer, ficam sorrindo e gargalhando e tendo
um tempo fantástico. Eu estou muito contente por finalmente estar aqui
na América do Sul, especialmente aqui no Brazil.
4.
Algum plano de trazer o seu hard rock numa nova turnê por aqui depois
desta, talvez ano que vem, talvez indo para algumas cidades que você não
esteve, como Fortaleza, minha cidade, eu tenho que lembrar?
Dave Evans: Risos.
Eu estou aqui em São Paulo agora. Ano que vem o produtor já falou
comigo para me trazer aqui na América do Sul, não somente para fazer
mais shows no Brasil, mas também para tentar Argentina, Chile, Bolívia,
onde for, com meus Southamerican Badasses (eles são do Brasil). Sim,
estamos fazendo planos para uma turnê maior ano que vem.
5. Vou falar com os produtores locais também.
Dave Evans: Risos. Ok. Risos.
6. AC/DC. Podemos falar sobre isso?
Dave Evans: Sim, claro.
7.
Os outros membros disseram que você se recusou a subir no palco em um
show em 1974, então eles lhe pediram para sair da banda. Você pode nos
dizer (e, provavelmente, de novo porque eu sei que você sempre deve ter
que responder a essa pergunta ou perguntas como essa) o que aconteceu
naquele dia em especial, ou naquele período.
Dave Evans: Ok.
Isto não é verdade. Muitas estórias contadas sobre mim nos livros são
fabricadas. Eu nunca recusei subir ao palco na minha vida. O palco é
minha vida. Quando eu estava em turnê com a banda, já não estavamos nos
dando bem com o manager. Estávamos fazendo três shows por dia às vezes.
Três shows. Na hora do almoço, no começo da noite e tarde da noite. Três
dias. E dia após dia eu já estava ficando puto com o manager. Nós nem
estávamos sendo pagos. E naquele tempo, minha voz sumiu completamente.
Eu não podia falar, quanto mais cantar.Eu esperava que ele suspendessem
os shows até recuperar minha voz, mas o manager não cancelou os shows e
até quis cantar no meu lugar. Ele queria ser o vocalista da banda. Ele
tinha sido cantor anos antes e achou que poderia ter uma chance.
Eu
decidi ficar com a banda até o final da turnê. Nós tínhamos um disco de
sucesso, estava no terceiro lugar nas listas naquela época. Decidindo
ficar com a banda eu pensei que as coisas iriam se ajeitar, o que não
aconteceu porque eu sai da banda.
Mas,
então, naquele tempo ele tentou cantar com a banda e o público ia
embora, porque queriam me ver cantando e queriam receber o dinheiro de
volta.
Então, eu nunca
recusei subir ao palco. Eu nunca poderia fazer isso. Mas eu não podia
cantar e não podia falar. Então, esta estória que corre o mundo é uma
mentira completamente fabricada.
8.
Ok, vamos avisar pras pessoas. O AC/DC regravou "Can I Sit Next To You
Girl" no álbum T.N.T., de 1975 com pequenas mudanças nas letras e até no
título (com uma vírgula extra) e até mudaram o nome de canções que você
cantou com eles mas não chegou a gravar, como "Rock and Roll Singer",
"Soul Stripper." "Still In Love" virou "Love Song," e eu sei que "Show
Business" era chamada originalmente de "Sunset Strip" Isto certamente
lhe deixou chateado, não?
Dave Evans: Sunset
Strip. Sim, está certo. Sabe quando mudaram as letras de "Sunset Strip"
e "Still In Love" me chateou porque eu escrevi essas canções com a
banda e a gente as tocava ao vivo. E as pessoas amavam aquelas canções.
Então, quando eles chegaram com letras novas, com Bon cantando, isso me
chateou porque eu escrevi aquelas canções com a banda primeiro. Com Bon
Scott regravando, fazendo algumas versões das minhas canções originais,
tudo bem, era justo, até porque as multidões amavam aquelas músicas.
Fazer covers era diferente, mas, reescrever minhas letras e chamá-las de
outra coisa. Ninguém gostaria disso. Nenhum de nós.
9. E eles certamente não lhe pagaram os direitos por aquelas canções.
Dave Evans: Não. Não.
10.
Continuando no AC/DC. Angus Young usa aquele uniforme de colégio desde
sempre. Antes disso ele tentou o Homem-Aranha, Zorro, um Gorila, o
Super-Homem, coisas assim. Talvez você ou os outros membros da banda
também tenham pensado nisso, afinal era o tempo do Glam Rock
(felizmente, para mim, eu nasci depois disso). O que você pensava disso
naquela época e o que pensa agora?
Dave
Evans: Bem, originalmente eram jeans e camisetas de outras bandas da
Austrália, mas, quando o disco ia sair, George, o irmão mais velho de
Angus e Malcolm, e também produtor dos nossos discos, queria que
mudássemos para parecer britânicos. Angus e Malcolm, nos ensaios,
pareciam muito jovens. Angus parecia ser mais novo, tinha 19 e parecia
ter 16, usava o uniforme para parecer um garoto saindo da escola,
enquanto Malcolm ia usar uma roupa de mergulho branco de seda, este tipo
de coisa, e o resto de nós que parecêssemos britânicos. Então a gente
parecia no palco com o que acontecia na Inglaterra naquela época. SLADE
minha banda preferida usava calças coladas e botas e era muito popular
no mundo naquele tempo. ROD STEWART jaquetas, caveiras e algumas coisas
assim. Rod Stewart e SLADE inspiraram o meu look e o do baterista, que
usava uma cartola.
Glam
não era uma palavra usada naqueles dias. Esta é uma palavra mais
moderna. Não se chamava glam, era só o look do dia, o normal, na
Inglaterra.
Então
fizemos isso, Angus usava o uniforme, também usava a roupa do Zorro,
mas, depois de algum tempo foi decidido que ele ia ficar com o uniforme.
E deixar todo mundo a vontade.
Depois
que eu deixei a banda ele usou a fantasia de Super-Homem, Homem-Aranha.
Foi assim que aconteceu. O look britânico...E funcionou. Porque todo
mundo na Austrália quando nos viram na TV pensaram que éramos uma banda
inglesa e isso nos ajudou a gravar um disco de sucesso. Quando viam
nosso sotaque, ficavam chocados. Eles pensavam que éramos britânicos,
mas éramos da Austrália.
11.
E você é do País de Gales e se mudou para a Austrália quando criança.
Os Young e Bon Scot tem uma estória parecida. Eles são da Escócia, que
hoje ainda faz parte do Reino Unido...
Dave
Evans: Também tinha o Larry Van Kriedt, o baixista, ele nasceu nos
Estados Unidos. Havia apenas um cara nascido na Austrália, o Colin
Burgess. O resto de nós era nascido no País de Gales, Escócia ou Estados
Unidos.
12. Você teve algum contato com os Young depois daquele tempo?
Dave
Evans: Eles são muito reclusos. Como você sabe, é difícil ter algum
contato com pessoas que preferem ser reclusos. Mas eu tenho tido contato
com o Angus,pelo facebook. Malcolm certamente não faz
parte da banda, ele está permanentemente aposentado, mas eu sou muito
amigo do seu filho Ross, Ross Young. Ele é meu fã. Tem sido sempre. Ele
adora meu rock fodão, ele se considera um fodão, e me chama de Tio Dave.
Nós nos vemos muito. Vamos nos ver em novembro. E ele me contou em
muitas ocasiões que o pai dele disse pra ele que tem muito respeito por
mim. É bom ouvir isso do Ross.
13.
Sim, é bom. Outra coincidência é que você e Malcolm, antes do AC/DC,
participaram de uma banda chamada VELVET UNDERGROUND (não a de LOU
REED)...
Dave Evans: E acabamos abrindo um show do Lou Reed. Esta é outra coincidência.
14.
Embora vocês não tenham se encontrado naquela época, alguma gravação do
Velvet Underground com você ou com o Malcolm podem ver a luz do dia,
para que os fãs pudessem saber como vocês soavam. Eu não achei nada.
Dave
Evans: Não. Malcolm se juntou a banda um pouco, antes que eu entrasse.
Eu também passei pouco tempo com a banda. Não gravamos nenhum single.
Para gravar alguma coisa naquele tempo você tinha que assinar com algum
selo. Só haviam alguns selos.Não havia muitos selos naqueles dias. Se
você assinasse com algum selo, era uma coisa bem grande. Tantas bandas,
tantos shows naqueles dias e haviam poucos selos.
Hoje
todo mundo pode ter um selo. Você pode ter um. Qualquer pessoa. Você
pode gravar no banheiro se quiser e você pode colocar um disco no
CDBaby, mas naquela época, era um grande esforço. Era difícil até ter
uma gravação ao vivo, porque as pessoas não tinham os equipamentos
naquela época.
15.
Sobre George Young, o irmão mais velho dos Young, ele já era famoso com
os EASYBEATS naquela época. Isso, de alguma forma, ajudou o AC/DC a
ganhar espaço na Austrália?
Dave
Evans: George produziu os discos com Harry Vanda. George e Harry já
eram famosos no EASYBEATS. Quando o EASYBEATS acabou, George conseguiu
uma oferta de emprego como gerente do Albert Music. A Albert era uma
companhia antiga de publicações que estava decidindo criar um selo. Ele
chamou o AC/DC pra assinar um contrato. E também Stevie Wright, o
vocalista do EASYBEATS, então em carreira solo. Acho que tivemos
realmente sorte. Isso certamente ajudou ter um irmão mais velho como
gerente de um novo selo.
16.
Última pergunta sobre o AC/DC, eu prometo. Se eles te chamassem pra uma
turnê com eles, talvez como banda de abertura ou cantar "Can I Sit Next
To You" ao vivo ao lado deles, você aceitaria? Podemos sonhar com isso?
Dave
Evans: Claro que sim. Eu faço parte da história da banda. Não
exatamente como ex-membro, mas como parte da família AC/DC. Claro que
seria fantástico. E com algumas das minhas canções também.
17. Eu sempre pergunto pra quem entrevisto, o que você sabe do rock e metal do Brasil? Você escuta alguma banda de nosso país.
Dave Evans: Eu não sabia muito sobre o Brasil antes, pra dizer a verdade. Foi uma surpresa fantástica que eu tive aqui. O Brasil é um país moderno, tão moderno quanto qualquer outro no mundo, vibrante, um lugar fantástico. Estou com uma bagagem cheia de CDs de bandas locais. Espero ter uma chance de escutar quando terminar esta turnê.
18. Depois do EP "Nothing To Prove", algum plano de CD, DVD?
Dave
Evans: Sim, eu acabei de gravar um novo EP com cinco faixas em Dallas,
no Texas, antes de vir aqui. Ele será lançado em alguns meses e se chama
"What About Tomorrow". A mixagem já foi feita e está esperando a arte da capa que está sendo feita por um cara brasileiro, Guilherme Sevens. Ele fez a arte do meu álbum "Sinner", uma arte incrível. Eu fiquei em contato com ele e o chamei para fazer a arte deste novo álbum. Estou muito excitado com o álbum e ele deve sair em alguns meses.
Terminamos a entrevista com Dave Evans deixando uma mensagem para quem conhece o seu trabalho como artista solo, no RABBIT, no AC/DC e para aqueles que ainda precisam conhecê-lo. Mais uma vez Dave enalteceu o Brasil e convidou a todos para os shows restantes da turnê e prometeu retornar ao Brasil em 2015.
Serviço para o show em São Paulo
Local: Gillans Inn English Rock Bar
Rua Marquês de Itu, 284 – Centro
Abertura da Casa: 20h00
Banda de abertura:
RED HORSE
Ingressos:
Piso Térreo Palco: R$ 70,00
Piso superior: R$ 50,00
Camarotes térreo e superiores: sob consulta
Pontos de venda:
Gillans Inn English Rock Bar e Galeria do Rock (Aqualung Records)
Informações: (11) 3129-8710 / 2765-0966 e producao@gillansinn.com.br
A antiga 7fragmentos foi reformulada depois da saída de um de seus membros e agora irá apresentar seu novo material e como novo nome Ascensão/Confinamento. Hoje as 20 horas no programa de rádio do pessoal do MIRC.
Mais informações abaixo:
É com grande pesar que replico aqui essa notícia. Sou muito fã dessa banda e saber que uma pessoa como essa que dedicou 40 anos de sua vida pra nossa alegria esta nessa situação. Apenas triste.
Esperamos por sua melhora Malcolm.
Muito da qualidade do visual do novo videoclipe do X-EMPIRE, ‘End Of Times’, se deu pela dedicação de sua equipe que, mesmo em contratempos, conseguiu levar o projeto a cabo.
“Ficamos muito felizes com o resultado final do clipe e devemos isso aos amigos que dedicaram seus esforços e tempo para ajudar em nosso sonho. Muito obrigado mesmo!”
A declaração de Michel Marcos, vocalista, é direcionada a Monia Aires (Produtora Executiva), Litsuko Yoshida (Câmera 1), Vanda Marques (Câmera 2) e Ana (Guia Turística).
Conforme noticiado, para o videoclipe foi escolhida uma locação extremamente especial: Alto da Serra, na cidade turística de Serra Negra/SP.
O videoclipe ainda conta com a participação especial do vocalista Raphael Dantas (P3rception) e do guitarrista Cauê Leitão (Andragonia). Confira:
O EXECUTER será uma das atrações do Fest Rock Novo Polo, que acontece neste fim de semana na cidade de São Bernardo, ABC paulista. A entrada é GRATUITA!
O evento acontece a partir das 16h do sábado, 27 de setembro, no Centro Cultural Do Taboão. Também se apresentam as bandas Doze, Paradoxo de Carmelia, Celofane e VoodooPriest. Mais informações: https://www.facebook.com/events/330225257155178/
O EXECUTER divulga seu novo álbum, ‘Helliday’, que vem sendo declarado mais um clássico da banda e um dos principais lançamentos do ano.
‘Helliday’ foi gravado no estúdio Pínola, em Amparo/SP e produzido pelo próprio EXECUTER. A arte foi desenvolvida pela artista Giovanna Guimarães.
Contato para shows e merchandise: executerthrash@hotmail.com
Macumbazilla ganhou destaque nacional com o seu Stoner debochado após alcançar mais de 2000 ‘view’, em apenas dois dias, com a faixa “Ritual” que foi divulgada no Souncloud para apresentar a banda ao grande púbico. Esta semana a banda colocou a faixa “Blood, Beer and Broken Teeth” no Soundcloud. Você pode escutar o som da banda através do link: https://soundcloud.com/macumbazilla https://www.facebook.com/macumbazilla
Os BEATLES lançaram na surdina um EP digital grátis, “4”, com muito pouco fanfarra. E o que é muito estranho, não há músicas do BEATLES nele.
Ao invés disso, “4”, um EP de quatro faixas, contém uma música solo de cada um dos membros da banda. “Love”, de John Lennon (de 1970, da PLASTIC ONO BAND), “Call Me Back Again”, de Paul McCartney (do álbum “Venus And Mars”, de 1975), “Let It Down”, de George Harrison (de “All Things Must Pass", de 1970) e “Walk Wih You”, de Ringo Starr ( de “Y Not”, de 2010). O EP pode ser baixado pelo link abaixo:
A Universal Music, selo que é dona do catálogo dos BEATLES, confirmou ao Radio.com que é a primeira vez que músicas solo da banda foram colocadas juntas desta forma, mas não tem mais comentários sobre os motivos do EP ser lançado ou se mais coleções similares estão em planos futuros.
O ANGRA aparentemente já está cuidando da parte ilustrativa de seu novo álbum de estúdio. Recentemente a banda divulgou em sua página oficial no Facebook algumas fotos que remetem a um possível conceito do novo disco. O grupo fez algumas imagens do Museu da TAM em São Carlos/SP, por onde eles se apresentaram neste último sábado, dia 20 de setembro.
O Sepultura, que acaba de lançar o DVD "Metal Veins - Alive at Rock in Rio" que registra a parceria da banda com o grupo de percussão francês Les Tambours du Bronx em 2013, pensa em repetir uma outra parceria inusitada que rolou naquele mesmo ano, com Zé Ramalho.